O que mestres de D&D podem aprender com NPCs de Elden Ring

Você sabia que Mestres de Dungeons and Dragons podem aprender muito com o jogo Elden Ring? Calma aí amigo, nada de TPK ou HIT KILL, vamos aprender como os NPCs podem deixar sua história mais atrativa e envolvente. O jogo mais recente da FromSoftware, Elden Ring, pode trazer um ótimo aprendizado sobre NPCs de mundo aberto. Os NPCs do Elden Ring são interessantes, variados e fornecem muita ajuda ao jogador. Esses tipos de NPCs também podem ser transferidos para D&D.

A série de jogos Soulsborne se inspira muito em Dungeons and Dragons, assim como em outros jogos de mesa. Naturalmente, como isso é reconhecido nesses videogames, muitos jogadores se interessam em como aplicar alguns dos conceitos de Elden Ring em seus jogos de D&D. Como os NPCs são um dos maiores dispositivos de contar histórias em D&D e Elden Ring, este é um lugar lógico para começar.

Guiar os jogadores

Uma das semelhanças mais próximas entre D&D e Elden Ring, portanto, um dos conceitos mais fáceis de traduzir, é a direção do NPC.
Enquanto um Mestre pode dar direção aos jogadores, ou fazer com que os personagens dos jogadores sejam capazes de inferir uma direção de alguma ação ou evento, a direção é mais frequentemente dada através da interação do NPC.

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Seja através de inimigos, taverneiros, aliados e até mesmo outros aventureiros, essas podem ser fontes de guiar e até mesmo oferecer um rumo na aventura para os jogadores. Contudo, em Elden Ring, o encontro com os Npcs é muito menor, mas eles possuem a mesma função dos personagens não jogáveis de D&D.

Em Lands Between mapa de Elden Ring que têm fortes inspirações em Mindland de Berserk, você é jogado nesse mundo aberto, onde pode encontrar diversos Npcs, que vão te contar detalhes sobre o reino, conceder missões, vender itens e até mesmo tentar de trair.

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Até aqui, ficou claro, que os personagens não jogáveis de D&D e Elden Ring, tem fortes semelhanças em seu papel na história, mas como posso aplicar isso em D&D? O melhor é o mestre cuidadosamente, decidir com quantos Npcs os jogadores vão interagir ao longo da história. Decerto, isso irá exigir um preparo antecipado, deixando cada npc responsável por pequenas histórias sobre o mundo, a história de suas vidas, mesmo que seja algo de forma rudimentar. Deixando esses personagens não jogáveis espalhados pelo seu mundo, de uma maneira que os jogadores possam encontrar e interagir com eles ao longo da aventura.

Os Npcs são únicos e diferentes um dos outros

Um dos principais aspectos dos NPCs do Elden Ring é sua individualidade e senso de agência no mundo. Eles têm suas próprias motivações que são paralelas ou até contrárias ao jogador, e progridem ao longo de suas histórias mesmo sem a ajuda do jogador em alguns casos.

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Uma das coisas mais incríveis dos Npcs de Elden Ring é que eles não ficam presos ao jogador, não esperam ser encontrados em um local específico do mapa. Eles progridem conforme os eventos principais da história, talvez você até encontre eles em uma parte mais avançada da história.

Coisas que um Mestre pode tirar dos NPCs do Elden Ring são sua agência e recorrência, bem como seu tom. O tom é uma das coisas mais fáceis de aplicar a um NPC em D&D, pois deriva mais da apresentação e interpretação do que de seu design, embora algum design ainda seja necessário. Em Elden Ring, quase todo NPC tem um conceito central. Muitas vezes isso assume a forma de ambição ou obsessão por um dos itens, ou personagens do jogo.

Em D&D você pode aplicar esse conceito de diversas formas, embora no rpg de mesa, exija um desenvolvimento melhor. Não é somente o boss que precisa de objetivos, o NPC precisa e deve ter um objetivo forte – algo pelo qual ele está trabalhando constantemente. Muitos npcs, devem ter uma obsessão, moral ou código que os faça querer trabalhar para esse objetivo.

Então, imagine um exemplo de um NPC, devoto a sua amada, protegendo e adorando ela a todo momento, ao percorrer da história, sua amada se transforma em um lich. Esse npc foi um objetivo tão forte, que ele continua protegendo e adorando sua amada que se transformou em um lich.

Os Npcs podem deixar sua campanha muito mais interessante

Semelhante à agência e tema de seus NPCs, as sidequests de NPCs de Elden Ring podem ser facilmente aplicadas ao D&D. Os personagens podem sucumbir às suas obsessões e se corromper, viajando pelo mundo sem os jogadores ao seu lado ou mesmo partindo para lutar contra certos vilões sozinhos.

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Um aspecto interessante dos Npcs de Elden Ring, é que todos eles acabam sofrendo um destino ruim, caso os jogadores não se envolvam em suas histórias. Trazendo esse conceito para D&D, poderíamos considerar um jovem apaixonado que invade uma fortaleza fortificada em busca de resgatar sua amada, contudo ele não obtém apoio dos jogadores e acaba falecendo, ou os jogadores acabam se esquecendo e ele busca sua amada sozinho e acaba morrendo.

Os Npcs podem ter funções além de guiar os jogadores. Tudo vai variar da temática da sua aventura, imagine uma aventura de horror, onde existe um NPC que consegue trazer um leve tom de humor, afim da sua campanha não ficar tão pesada. Decerto esse é apenas um de muito exemplos.

O mais importante é que você tenha consciência que os personagens principais são os jogadores. A história é contada através da perspectiva deles. Os personagens não jogáveis, podem trazer uma grande riqueza a sua aventura, uma experiência única a seus jogadores.

Enfim, se gostou do artigo acima, não vá embora ainda, vou deixar um link abaixo com mais conteúdo sobre RPG de mesa, conheça outros artigos da Consciência Nerd.