Muitos quando se aventuram pelos mundos do rpg tentam emular os mais clássicos arquétipos do gênero. De aspirantes a heróis até sábios de passados trágicos com um toque de amnesia as vezes, entretanto, com o tempo esses arquétipos passaram a não agradar uma grande parcela de jogadores, geralmente os que escolhem o neutro caótico, neutro mal e até o bom caótico tem um toque de malicia que tempera as seções de Rpg com desconfiança e imprevisibilidade.
Com uma aura que exala duvida e uma facilidade de se adaptar, quem domina a arte da malicia pode tirar a aventura do mesmo bate e mata, pois ao trazer esse sentimento de que seu personagem é uma serpente pronta pra se aproveitar coloca um tom de atenção e suspense em situações aonde o uso das palavras é importante.
Os maliciosos são imprevisíveis e buscam coisas que ninguém consegue decifrar e que muitas vezes são tão obscuras quanto quem as carrega, a arte de tornar sua personalidade como um inocente fio, que embora inofensivo se usado da forma certa pode encerrar vidas.
Este tipo de arquétipo não é fácil de dominar, trazer a impressão de periculosidade para a mesa pode lhe render um bárbaro ou paladino bem irritados e dispostos a te fazer criar outra ficha depois de uns golpes. Mas ai que a interpretação deve encontrar coesão para não transformar seu personagem em um alvo dos teus próprios aliados, hoje vamos ver umas dicas e pegar referencias de personagem que fazem os outros dormirem de olhos abertos.
”Ainda quero brincar com você se possível, por isso não quero que morra, mas só se for possível hehe” -Hisoka – HunterXHunter
Primeiramente tente sempre analisar qual será a premissa da aventura. Uma clássica história de ir matar chefões cada vez mais fortes pode trazer um personagem anti-herói que mata sem remorso mas com elegância, entretanto uma narrativa mais politica pode abrir brechas para alguém que busca abalar o mundo com sua influencia sombria, ou até mesmo nas aventuras mais fantásticas e livres aonde pode se criar um lorde demônio ajudando por conveniência e seus próprios motivos.
O estigma da malicia pode atrair um alvo para as costas do seu personagem, então oque fazer? Simples, sintonize seu personagem com a aventura.
”Não se preocupe, só vamos unir nossas almas” – Jack the Ripper – Shuumatsu no Walkure
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Ao interpretar um personagem malicioso tente não atrapalhar a aventura de graça, se você simplesmente tentar virar o vilão da mesa provavelmente acaba sendo atirado da primeira ponte por outros aventureiros sem paciência, converse com seu mestre de rpg antes da mesa iniciar para ajustar suas intensões para colaborar no desenvolvimento da aventura. Ser o personagem malicioso exige paciência e um temperamento forte para não largar o arquétipo no meio da aventura.
Geralmente quem interpreta assim escolhe o ladino ou bruxo pois são mais estereotipados, afinal um ladino sedento por outro ou um bruxo que sorri de forma malvada o tempo todo são escapes fáceis. Mas da para interpretar a malicia em quase todas as classes, sendo que paladino será seu maior desafio.
Transite entre a confiança pura e incitações sutis que trarão retornos satisfatórios, talvez você não concorde em invadir o covil com o bárbaro, mas talvez o fazer de isca e pegar os alvos de surpresa pode salvar a vida de ambos. Ser a malicia do grupo é pensar fora do da zona de conforto moral e colocar suas relações em prova.
Crie um laço de confiança com seus companheiros de equipe, quem sabe até em teu pior ato eles consigam ver seus planos e te ajudar a concluir as mais duvidosas empreitadas, pode ser difícil dependendo do alinhamento moral, mas tente apaziguar eles, lembrando que isso é ao contrario contra seus oponentes, se eles não lhe forem interessantes aterrorizá-los combinará com o personagem.
Foque em fazer um personagem tridimensional, apesar da malicia ser ótima ela é assim como qualquer outra característica que se usada demais torna o personagem chato, não é porque você é malicioso que não poderá fazer atos de benevolência ou bravura, então se precisar usar outras características, use.
Nunca ataque ou faça um ato que vai prejudicar seus aliados só porque sim pois isso não te tornará o vilão da mesa com toda a gloria, e provavelmente tentarão te matar, em um ato extremo fingir se aliar ao inimigo pode ser aceitável mas arriscado e não hostilize seus companheiros se eles destruírem seus planos, se adaptar como uma cobra pode ser melhor do que perder a cabeça.
Quando for contra o grupo não chame toda atenção para o quanto você é contra. Dance entre entende-los e manipula-los para que as coisas saiam do jeito que espera, e nunca traia só por trair, isso lhe transformará em alguém que esta propositalmente atrapalhando a aventura.
”Um reino perfeito? não me faça rir! Eu te salvei de ter seu coração partido, e de uma longa busca sem final feliz” – Belial – Granblue Fantasy
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Ao interpretar deve-se procurar referencias para aprimorar suas capacidades de entrar no personagem. Não existe um único expectoro de malicia e para facilitar aqui esta uma seleção de tipos de malicia e seus melhores representantes.
Claro estes tipos não são regras, você pode interpretar como achar melhor, só use esses arquétipos como referencia, pois a graça de qualquer rpg é criar um personagem com características mistas e únicas.
Este tipo é difícil, pois ao criar um personagem com malicia natural implica que ele enxerga o mundo de forma muito diferente, geralmente com um toque de sadismo ou uma aura dark extremamente perturbadora. Esta malicia pode ser usada para fazer o personagem agir de forma leve nas situações mais tensas e assustar assassinos profissionais com o olhar.
Ao interpretar este tipo, procure sempre estar calmo e ser natural, mas quando chegar o momento demonstre uma natureza que colocaria o mais corajoso pra correr.
Este tipo é para aqueles com passados complicados, para adquirir malicia significa passar por situações que colocam o personagem em situações delicadas, como ser obrigado a matar ou descobrir que se você não for mal alguém será. e geralmente não vê prazer nisso.
Neste arquétipo você será experiente em lidar com o lado sombrio do mundo, alguém que já viu de tudo e fez de tudo, profissional em cicatrizes e sabe como colocar novas nos outros.
A malicia salvadora é um tipo divertido, e raro que se caracteriza com um trauma elevado com uma pitada de loucura, aonde o personagem encara as piores coisas com um sorriso no rosto sem vergonha alguma do que sente, pois para ele cada gota de sofrimento é um deleite para alma.
O prazer e enganar, machucar e ser a cobra é o maior gancho de interpretação deste arquétipo que testa a sanidade de quem usa. Ser criativo nas falas pode proporcionar ótimas situações.
Muito usado por vilões clássicos, este tipo é caracterizado por pessoas que escolheram serem indecifráveis a fim de ter o controle das emoções dos outros. Ao usarem a malicia pragmática o personagem automaticamente diz que é mais esperto, letal e perfeito que todos e sabe de tudo que ira acontecer. Pouco se importa com as coisas ruins que terá que fazer, pois será para seu bem maior.
De fato esse arquétipo traz diversão para a mesa, sua controvérsia e forma de atuação trazem um tempero acido para qualquer aventura se bem usado.
A lista dos maiores Maliciosos:
Interpretar é uma das atividades mais divertidas do mundo, pois podemos apimentar cada história de forma diferente. Sempre procurando novas formas de impactar a mesa, aqueles que buscam interpretar estão aprimorando a arte.
Mas se lembre, sempre interprete de forma saldável para a mesa, muito obrigado por ler, Per Aspera Ad Astra.
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