Bem-vindos a mais uma lista cinematográfica, nerds conscientes! Hoje apresentamos uma lista de dez filmes com ou sobre animais assassinos. Não sendo um TOP, apenas um elencar de bons filmes que tenham tal aspecto em sua trama central.
Antes de seguirmos, deixo claro que filmes com animais assassinos extintos (Jurassic Park (1993); ou Megatubarão (The Meg; 2018)), ou fantásticos (Reino de Fogo (Reing of Fire; 2002), O Ataque dos Vermes Malditos (Tremors; 1990)) ou alienígenas (Alien: O Oitavo Passageiro (Alien; 1979); Um Lugar Silencioso (A Quiet Place; 2018)) não serão incluídos. Estarão listados apenas filmes com animais assassinos de nosso tempo e que não exijam excessivamente da nossa suspensão da descrença dentro do contexto ou quanto fatores pré-estabelecidos em seus respectivos longas.
Estamos combinados! Bora lá, nerds!
Cujo (Cujo; 1983)
Sinopse: Uma família comum que vive mais distante da cidade lida com o dia-a-dia e a rotina. Essa família é constituída também pelo amável e confiável cão são-bernardo Cujo, que constitui um amigo para o filho único do casal e uma figura simpática para os cidadãos mais próximos. Tudo muda quando o cão é mordido por um morcego ao prender a cabeça em um ninho dos animais. Infectado pela raiva, o cão se transforma em uma máquina de ferocidade e instinto destrutivo.
Dica: Cujo tem um tom realista para um filme de animal assassino. Além de construir um clima de tensão com múltiplos problemas acontecendo, transmite a situação horrível do animal enfermo ausente de sua bondosa natureza original. A maquiagem empregada ao cão é incrível, ressaltando sua degradação e transformação. Vale ressaltar que esta é uma adaptação da literatura de Stephen King, sendo uma das melhores já adaptadas ao cinema.
Sinopse: Um líder da segurança de uma pacata comunidade litorânea turística se vê obrigado a encarar uma onda – não resisti – de mortes ocorrendo nas praias locais. Um tubarão aterroriza a cidade e seu prefeito força o não fechamento das praias dada a temporada de arrecadação pelo turismo. Palco perfeito para um superpredador marinho.
Dica: Dispensando apresentações, Tubarão é um marco do cinema! O animatrônico pioneiro, tubarão mecânico apelidado de Bruce. Mais tarde referenciado em Procurando Nemo. Este longa gerou todo um subgênero (tubarões) além de inaugurar o que hoje conhecemos como filme blockbuster. Seus efeitos são vívidos até hoje, seus personagens densos e sua visceralidade entorpecente. Venceu três Óscares (Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição), um Globo de Ouro (Melhor Trilha Sonora) entre outros prêmios. Um show de narrativa, uma pérola – parei! Prometo! – para o subgênero dos animais assassinos. Nota: Baseado no livro de mesmo nome, lançado em 1974, que por sua vez foi inspirado em ataques reais por tubarão ocorridos em New Jersey, EUA.
Sinopse: Um grupo de documentaristas e profissionais do ramo navega pelos rios da Bacia Amazônica no Brasil a procura de uma tribo rara ou de seus vestígios antropológicos. Por infortúnio, resgatam um homem misterioso e ríspido que passa a manipular e oprimir a tripulação levando seu plano secreto à execução: Capturar uma anaconda.
Dica: No universo do filme as grandes cobras constritoras sul-americanas são desproporcionalmente grandes, ágeis – mesmo em terra – e hostis à um nível carcajú ou chihuahua. Ambientação estabelecida e a compra desta ideia sobre o animal, o que sobra é um divertido filme com efeitos interessantes apesar de já datados em certos pontos. Mas, as cobras tem seu charme dado o ar implacável. O filme acerta na fotografia e planos conseguindo assim imprimir uma identidade própria.
Sinopse: Uma ex-estudante de medicina que passa por um momento particular de afastamento após uma grande perda encontra uma praia belíssima e secreta na América Latina. Surfista competente, curte seu dia na localidade até que o problema chega. Pela água e dolorosamente, fazendo a moça ficar ilhada em uma formação rochosa inóspita e cercada de corais ardentes. Um Imenso – eu disse IMENSO – tubarão branco passa a se dedicar àquela específica parte do litoral. Uma batalha se desenrola entre sobrevivente e fera.
Dica: História, personagem e situação interessante, que nos prendem! Visualmente o filme é lindo, evocando pontualmente o drama vivido pela surfista seja através das luzes, de sua competente atuação ou da trilha sonora que ressalta a indiferença do mar ao redor e a letalidade do animal antagônico. Animal este que surpreende dado o realismo! Desde Tubarão, este é um dos poucos filmes bons com tal animal sendo retratado de forma assassina, ainda que consigamos vê-lo apenas como o resultado formidável da natureza que precisa comer e defender seu abate. Um dos melhores filmes de animais assassinos que você vai encontrar por aí.
Sinopse: A morte brutal ocorrida no lago enerva a comunidade local e seu time de policiais. Logo, uma equipe consequentemente é montada para apurar o ocorrido e os indícios de um improvável predador na região. Além de improvável, grande e feroz.
Dica: Hoje em dia, seus efeitos visuais parecem um tanto datados, mas isso é compensado pelos efeitos especiais e toda a animatrônica envolvida no crocodilo de água salgada que aterroriza o lago. Ver tal animal em um ecossistema atípico assim (estadunidense) é interessante. No mais, Pânico no lago é um filme simples e despretensioso, sem grandes reflexões. No entanto, o animal é tratado como isso, um animal e por vezes ares de conscientização e preservação são trazidos a tona na situação envolvendo os personagens.
Sinopse: No ano de 1898 um engenheiro inglês é contratado e levado à África para construir uma ponte ferroviária sobre o Rio Tsavo. Em um panorama singular onde cada vez mais locais e operários são mortos por feras. Dois leões machos promovem abates sistemáticos na região, levando a uma caçada de ultimato que transcende a necessidade profissional e macabramente se torna pessoal.
Dica: Baseado em fatos, envolvendo os temidos Leões de Tsavo, uma dupla anômala de leões machos dedicados ao abate de seres humanos. Um dos casos mais proeminentes de meneaters da história. Além do peso factual de parte do que é mostrado no longa, temos aqui um filme com ótimo ritmo, montagem acertada, casting acertado e animais reais nas cenas junto de animatrônicos. A carga dramática é crescente e os leões donos de uma incrível aura de ameaça. Certamente é um dos melhores filmes de animais assassinos desta nossa lista.
Sinopse: Instalações tecnológicas no oceano estudam e aprimoram tubarões para coletar dos mesmos uma substância cerebral capaz de curar nos humanos danos e deteriorações de mesma natureza. O problema é que tais modificações tornaram os tubarões makos mais capazes física e mentalmente. A equipe de profissionais trava então uma luta para sobreviver depois que uma catástrofe se abate no local.
Dica: Bebendo da ficção científica, temos aqui um filme divertido e violento. Apreciar tubarões grandões e que consegue transmitir objetivo e raciocínio é algo que não se vê todo dia. Inebria e aterroriza. Com CGI já datada em muitos pontos – alguns diriam já na época em que fora lançado – Do Fundo do Mar trás competentes cenas subaquáticas ou em sets alagados, além de tubarões mecânicos pra lá de realistas. Outro ponto forte são as quebras de expectativas, tornando o longa imprevisível sobre quem poderá sobreviver no final. Temos aqui a alegoria e suas consequências sobre o manipular da ciência que filmes como Jurassic Park e Planeta dos Macacos (trilogia recente) também contam.
Sinopse: Uma jovem abastada é atraída por um advogado e decide visitar o mesmo perto da costa. Conforme conhece mais sobre o sujeito e sobre a cidade seus planos e credulidade são quebrados por um inacreditável ataque de aves. A partir daí temos uma luta para escapar dos ataques, entender o que se passa com os animais e tentar sair daquele lugar.
Dica: Pássaros é um filme lendário, o primeiro grande filme de animais assassinos. Para sua época – e na maioria destes, até hoje, tem efeitos e edição maravilhosos, dignos de seu feitor, Alfred Hitchcock. Apesar do mesmo julgar este seu longa como o mais distante de sua identidade expressada no restante de sua filmografia. Fato é que temos aqui um marco atemporal cujas interpretações do comportamento revoltoso das aves e dos meios recorridos pelos humanos para sobreviver são pautas para diversas interpretações e temas sociais e psicológicos até hoje.
Sinopse: Um para-militar funcionário de uma empresa petrolífera vive no limite ártico do globo, zelando pela vida dos demais funcionários. Seu dever é abater os lobos que por vezes rondam e investem contra a mão de obra. Desprendido da vontade de viver, acaba sofrendo um acidente aéreo quando voltava para o resto do mundo. Junto de outros “sortudos”, lidam com a sobrevivência na tundra, floresta e montanhas nevadas. O pior disso tudo certamente é a massiva matilha de lobos do ártico que visa o abate dos invasores em seu extenso território.
Dica: Curiosamente este é um filme contemplativo, com toques de poesia. Mais curioso ainda é ver Liam Neeson mais humanizado dados os filmes de sua cinematografia dos últimos dez anos. Valor humano e instinto animal duelam em uma perspectiva cinzenta e melancólica, desesperançosa. Embora o título original faça menção a tais aspectos, o título BR é totalmente justificado pela presença, urgência e violência imposta pelos lobos.
Sinopse: Um grupo de turistas levados por uma guia conhecem os rios australianos até que algo os deixa literalmente ilhados no ambiente pantanoso. Esse tal algo é uma máquina definitiva de matar, um atroz crocodilo de água salgada, cujas proporções e experiência de caça em seu habitat aterrorizam.
Dica: Ótimas quebras de expectativa com mortes inesperadas e reviravoltas que brincam com a faceta do protagonismo dentre os personagens que tentam sobreviver. Um filme despretensioso, mas que ainda sim se leva a sério e apresenta um animal visualmente crível e horripilante. Logo, ostenta CGI competente para o que propõe quanto ao crocodilão.
Uma moça e seu irmão caçula autista são vítimas de um plano mesquinho e homicida que se resume em colocá-los a mercê de um tigre de bengala preso com eles dentro da casa que pertence agora ao padrasto da dupla, cuja ocupação tem sido montar um zoo como negócio rentável. Embora apresente falhas dadas certas conveniências aqui e ali, tem subtramas familiares interessantes até, o tigre imprime a ameaça necessária e a casa se torna um labirinto de forma útil para a emoção do espectador. O ponto fraco é a resolução rápida e como já dito, conveniente de todo esse pandemônio.
Um homem rico e inteligente viaja para o norte onde sua esposa modelo faz um trabalho fotográfico. O núcleo de personagens tenciona conforme indícios de um relacionamento extraconjugal são dados. Tudo piora quando o sujeito e mais alguns, dentre eles o fotógrafo, são vitimados por um acidente aéreo e ficam presos na floresta. Além de terem de lidar com a tensão crescente da desconfiança, a ameaça mais iminente não é a humana, e sim um urso dos grandes. Animal esse que traz a tensão necessária para embarcarmos até o ápice dessa catástrofe complexa. Usando um urso de verdade nas cenas além de outros recursos, temos momentos competentes de perigo, além do excelente casting cujos pontos focais são Anthony Hopkins e Alec Baldwin.
Uma espécie de aranha altamente predatória nativa da América do Sul chega aos EUA junto de um corpo transportado após uma expedição ser encerrada. Lá, a aranha gera uma nova prole. Em contrapartida o médico da cidadezinha – caramba! É sempre uma cidadezinha – tenta entender as mortes recentemente ocorridas. Ele sofre de aracnofobia após uma experiência traumática na infância. Para o seu azar, há uma infestação do tipo a espreita. O filme flerta com a comédia e exagera nas “atitudes” das aranhas, mesmo assim, as aracnídeas geram cenas tensas e que levam horror ao imaginário do espectador. Pequenas, mas animais assassinos competentes.
Baseado em eventos reais – pois é. Tenso – somos levados para um passeio de barco junto de um casal e a irmã caçula da esposa. Infelizmente um crocodilo de água salgada deveras territorial estraga os planos familiares e promove momentos de horror, grande horror. Um filme com grandes méritos dado o realismo quanto ao crocodilo. Animais reais foram usados nas gravações e uma montagem competente foi feita. Simples e direto, enervante. Não traz um animal anormalmente grande ou alterado. Traz o que existe e isso por si só apavora.
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