Crítica

CRÍTICA – Army of the Dead: Invasão em Las Vegas

De volta ao mundo zumbi, Snyder entrega material divertido

Para quem se acostumou, ou de fato curte a megalomania snyderiana quanto ao grandioso, estiloso e musical – herança da direção de vídeo clipes – Army of the Dead vai agradar. Todavia, agrada como divertimento despretensioso. Um grupo de “soldados da fortuna” contratados por um bilionário para executar uma missão de assalto em uma Las Vegas tomada por um surto zumbi contido. Lá, acabam lidando com complicações dentre os mesmos e com a aparente sociedade zumbi fundada pelos ditos “Alphas“. Estes são um tipo de zumbi capaz de raciocinar, socializar, entre outros novos conceitos interessantes.

Os personagens que compõem a premissa são divertidos, ainda que claros arquétipos e estereótipos. Lembrando muito uma party de RPG de mesa. O protagonismo de Dave Bautista funciona graças ao mesmo, apesar de que os arcos dramáticos a partir de si não sejam os melhores aprofundados. Ainda sim, é possível torcer, sentir temor, tensão e graça do núcleo de personagens de Army of the Dead.

Visualmente, o filme é claramente snyderiano, mais comedido em relação a Liga da Justiça, é verdade. Todavia, o prólogo que estabelece a ambientação deixa claro à que veio. Ou melhor, de quem veio! Richard Cheese iniciando a versão de Viva Las Vegas – mesmo intérprete de Down With the Sickness em Madrugada dos Mortos, 2004 – slowmotion para todo lado, e um tom tragicômico que muda para o dramático para encerrá-la. Snyder, Snyder, Snyder. Army of the Dead é ação bem feita com certos maneirismos.

Filme divertido, visualmente comprometido e original quanto ao seu novo conceito zumbi. Ainda que não aprofundado, quem sabe por visar uma franquia. Críticas sociais apenas para constar, não espere nada A La Romero. Mas, em tempos onde as pessoas só querem ver um gorila gigante brigando contra um lagarto igualmente gigante, filmes sinceros podem ser funcionais. Army of the Dead é sincero, se você tomá-lo como filme pipoca de ação.

Sim! Ação. Nada de terror, apesar de certa tensão poder ser sentida em alguns momentos. Mente aberta e expectativas terrenas são a chave para um bom aproveitamento de Army of the Dead.

Marcello Costa

Comunicador. Desde pequeno explorar o imaginário, o faz de conta e a narrativa de vida foi uma tendência. Não a toa, estudei Comunicação Social. Livros, HQs, músicas, animações, filmes e séries são de alto consumo, embora uma parte minha ainda penda de humanas para biológicas, agravando um forte apreço e interesse ambiental e em programas ligados á isso. Quem sabe por isso minha classe fantástica favorita seja o Ranger, ou Patrulheiro, ou Guardião, como preferir chamar. Sim, classe mesmo. RPGista inveterado, confesso. Uma paixão do final da infância que segue comigo até hoje.

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